O dia nasceu com o som das corujas se despedindo e o céu tingido de rosa pálido. Céline acordou cedo, mas o descanso da noite não lhe trouxera paz. O bilhete do Alfa parecia pulsar em seu peito, cada palavra gravada como um feitiço.
Vestiu um traje leve, mantendo o cabelo preso em uma trança firme. Era um gesto quase ritual: ao menos isso ela podia controlar. Mesmo com a mente agitada, a manhã parecia arrastar-se, e Céline não tinha nada que a distraísse além de si mesma.No silêncio de seu quarto, tentou ler um livro antigo que mantinha na mesa de cabeceira. As palavras, no entanto, dançavam diante dos olhos, incapazes de retê-la. Cada frase que lia era apenas um disfarce para o tumulto que sentia por dentro.Quando a tarde começou a se aproximar, Céline decidiu caminhar pelos jardins do castelo. As flores a cercavam com seu perfume suave, e por um instante ela permitiu que o cheiro doce e o canto dos pássaros a transportassem para longe — ainda que