Quando Céline deixou o salão escuro da biblioteca, encontrou Liora à sua espera, tão silenciosa quanto a própria noite. Havia uma seriedade contida no olhar dela, como se já soubesse o que tinha acontecido ali dentro, ou ao menos pudesse sentir no ar o que Céline tentava disfarçar.
— Venha — disse Liora, sem rodeios. — O Alfa ordenou que eu a levasse ao seu novo quarto.A voz dela não deixava espaço para perguntas, e Céline, mesmo orgulhosa, sabia que não havia outra escolha. Então apenas seguiu, com passos contidos e a cabeça erguida.Elas caminharam pelos corredores escuros, os passos de Liora ecoando como um compasso firme que guiava Céline para longe da biblioteca… e para ainda mais perto do Alfa. O caminho parecia interminável, cada dobra de parede, cada tapeçaria à meia-luz, um lembrete de que ela agora estava ainda mais separada, ainda mais prisioneira — e ainda assim, a cada passo, o calor daquele beijo no pescoço parecia arder mais em sua pe