O fiorde refletia um céu de fim de tarde, pintado com tons de azul profundo e rosa suave. O frio era cortante, mas a praça em frente ao hotel estava cheia. Habitantes da vila, pescadores, crianças, turistas curiosos e alguns convidados de fora — todos reunidos para ver a inauguração do novo hotel.
Madeleine ficou alguns minutos observando de dentro, junto à parede de vidro. Lá fora, a ponte que Emil inspirara reluzia sob uma fina camada de neve. Vasos pintados pelas crianças estavam alinhados na entrada, cada um com desenhos únicos: peixes, barcos, flores que só desabrochariam na primavera.
Clara estava no centro de tudo, circulando com um caderno nas mãos, confirmando nomes e checando a ordem do evento. Quando a viu, acenou com entusiasmo.
— Pronta? — perguntou, aproximando-se.
— Acho que sim — Madeleine respondeu, ajeitando o casaco.
— Ótimo. Porque não tem mais como fugir. — Clara deu uma risada leve, antes de se afastar para falar com o técnico de som improvisado.
Hans Iversen che