O vento que soprava do fiorde trazia aquele cheiro fresco de água e madeira úmida que Madeleine já reconhecia de longe. O canteiro do hotel estava diferente naquela manhã — não havia mais o caos de estruturas abertas, andaimes altos e barulho metálico por todos os lados. Agora, a paisagem era de acabamentos: sacos de terra para os canteiros, vasos grandes sendo colocados nos corredores externos, iluminação sendo testada nas áreas comuns.
Madeleine chegou cedo, mas Clara já estava lá, ajoelhada ao lado de um canteiro, distribuindo pequenas mudas de plantas nativas que resistiriam ao inverno.
— Trouxe mais café — Madeleine anunciou, erguendo o copo de papel.
— Salvação. — Clara sorriu, pegando um dos copos. — Olha só, consegui convencer o pessoal a plantar aquelas flores roxas que você queria.
Madeleine se abaixou para ajudar, sentindo o cheiro terroso das mudas recém-regadas. — Acho que vai dar um toque de cor bem-vindo quando a neve derreter.
O movimento no entorno era quase coreograf