Capítulo 65

O café ficava em uma rua lateral, longe do movimento turístico, como se tivesse sido escolhido de propósito para que ninguém se distraísse com o entra e sai de gente. A fachada de madeira escura guardava um interior aquecido, com mesas bem espaçadas e janelas amplas, de onde se via a neve caindo de leve sobre a calçada. Madeleine chegou quinze minutos antes do combinado.

O frio do lado de fora ainda estava grudado nas mãos, mas a respiração vinha mais estável do que ela esperava. Vestira um casaco cinza simples, um lenço de lã claro e calças escuras, nada chamativo — só o suficiente para parecer arrumada, equilibrada. O cabelo estava preso num coque sem fios soltos. No bolso do casaco, os dedos roçavam o pequeno embrulho de papel pardo que tinha revisado mil vezes antes de sair de casa.

A garçonete a conduziu para uma mesa perto da janela, afastada das outras. Dali, podia ver a rua e a entrada do café. Pousou a bolsa no colo, pediu um chá de frutas vermelhas e deixou as mãos apoiadas
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