O chalé estava aquecido, o aroma de pão assando no forno preenchendo o ar. Madeleine já havia colocado uma toalha simples sobre a mesa, duas xícaras e um bule pronto para o chá. A manhã estava limpa, com um frio cortante lá fora, mas dentro tudo tinha um conforto quase doméstico.
Quando Maggie bateu à porta, Madeleine abriu com um sorriso calmo. A mãe entrou, tirando as luvas devagar, como se ainda estivesse se acostumando à ideia de estar ali.
— Que cheiro bom — comentou Maggie, olhando em volta. — Parece que você transformou este lugar.
— Aos poucos — disse Madeleine, pegando o casaco dela. — Senta, o pão está quase pronto.
Elas se acomodaram e, por alguns segundos, ouviram apenas o som do forno e o vento batendo nas janelas. Maggie mexeu nas mãos antes de falar:
— Eu… sei que não estive muito presente. Nem sempre soube como te apoiar.
Madeleine não respondeu de imediato. A voz da mãe não tinha defensiva, apenas um cansaço honesto.
— Talvez nenhuma de nós soubesse — disse ela por fi