demorei um pouco pra me despedir da minha cama — respondeu, sorrindo.
Ele riu e fez um gesto com a cabeça em direção ao cais. — Anders está ali. Mais concentrado do que um relojoeiro.
Anders estava a bordo de um dos barcos, verificando cordas e caixas. Emil ajudava, passando pequenas ferramentas e organizando os coletes. Os dois se moviam com uma coordenação natural, sem precisar falar muito — um ritmo construído ao longo de anos. Madeleine ficou alguns segundos só observando.
Quando Anders a viu, fez um aceno breve, mas que carregava algo além da formalidade. Desceu pela rampa com um passo firme e foi até ela.
— Quer café? — perguntou, erguendo o bule metálico que estava sobre um caixote.
— Aceito. — Ela segurou a caneca que ele encheu e deixou o calor subir pelos dedos.
— E então… como foi ontem? — perguntou ele, sem rodeios, mas também sem invadir.
— Visita curta, um pouco estranha. — Ela bebeu um gole. — Mas foi boa.
Ele assentiu, olhando para o movimento do cais. — Lembro da prim