Rogério
Uma semana.
Sete dias trancados no nosso próprio paraíso particular, enfiados no meio das montanhas, na cabana mais aconchegante que eu já vi na vida… e com a mulher que virou meu lar.
Naquele último amanhecer, acordei com ela encolhida no meu peito, como sempre faz quando o frio aperta durante a madrugada. O barulho suave da chuva fina batendo no telhado criava um ritmo perfeito, quase hipnótico.
Liz estava quente, macia, respirando devagar, e a barriga… a nossa barriga… já começava a marcar sob a camisola dela. Dois coraçõezinhos ali dentro. Dois.
Passei a mão devagar pelo volume redondo, e os dedos dela fecharam automaticamente no meu pulso, como se o corpo reconhecesse o meu toque mesmo dormindo.
Ela abriu os olhos lentamente, com aquela voz rouca e doce que só aparece de manhã:
— “Bom dia, amor…”
Beijei sua testa.
— “Bom dia, minha esposa.”
Ela sorriu daquele jeito que me desmonta por dentro.
Por alguns segundos, ficamos apenas ali, ouvindo o vento batendo nas árvores do