Estela
A mala deslizou pelo piso encerado do aeroporto, enquanto eu tentava conter as lágrimas insistentes que ardiam nos olhos.
Gui vinha ao meu lado, empurrando o carrinho com a cadeirinha da Luiza, que dormia tranquilamente como se o mundo não estivesse prestes a virar do avesso.
Atrás de nós, Mei e Liv vinham de braços dados, com os olhos vermelhos e os narizes fungando.
— Se você chorar, eu choro. avisei, apontando pra Mei.
— Se eu não chorar, eu explodo. ela respondeu, engolindo o choro com um sorriso sem graça.
Paramos em frente ao portão de embarque. O aviso no painel anunciava o voo para o Brasil e parecia gritar o fim daquele capítulo da minha vida.
— A gente vai se ver de novo. falei, tentando parecer firme. — Em Itajubá, em Nova York, em qualquer canto do mundo. A gente vai se ver.
— Irmãs de alma, lembra? Liv disse, me puxando pra um abraço apertado.
Mei veio logo em seguida e me envolveu, enquanto Gui observava com o olhar doce de quem sabe que aquele momento precisa