Guilherme
O som da água quente caindo sobre nossas peles preenchia o silêncio suave do banheiro. Estela encostava o rosto em meu peito, seus braços em volta da minha cintura, enquanto eu passava a mão devagar por suas costas molhadas.
— Você está pronto? ela perguntou com a voz manhosa, os olhos semicerrados pelo calor do banho, mas também pela vontade de me prender ali por mais algumas horas.
— Nunca estive tão pronto respondi, sorrindo contra os cabelos dela, inalando o perfume do sabonete misturado ao cheiro dela, que sempre me acalmava.
Ela ergueu o rosto e me beijou devagar, como se estivesse colocando um selo de bênção sobre meu dia. A água escorria entre nós, mas nada no mundo poderia lavar o que havia entre nós dois.
Depois do banho, Estela colocou uma camisola leve e foi preparar o café. Vesti meu jaleco branco, ajeitei o cabelo e fui até a cozinha, onde encontrei Luiza na cadeirinha, balbuciando com um sorriso banguela. Minha princesinha estava feliz, chutando as perninhas