Estela
Os dias que se seguiram foram uma mistura de cansaço, medo e encantamento.
No primeiro dia, Luiza ainda dormia mais do que mamava. As mamadas eram curtas, às vezes interrompidas pelo cansaço. Mas cada vez que ela sugava, mesmo que por segundos, era uma vitória.
No segundo, a enfermeira sorriu ao me dizer que ela ganhou alguns gramas. Poucos. Mas o suficiente pra mostrar que estava reagindo. Eu chorei por tão pouco — ou talvez por tanto.
No terceiro dia, tive febre. Meu corpo começava a sentir os reflexos da cesárea, da tensão acumulada. Mas eu não desgrudei dela. minha mãe e .eu pai ficaram comigo à tarde, me ajudando a cuidar da neta com mãos trêmulas e corações vibrando amor.
No quarto, Gui entrou com um macacão amarelinho que havia comprado dias antes. Era pequeno demais… e ainda ficou grande nela. Rimos disso. Mas ver aquele pedaço de roupa pendurado em um ser tão frágil nos fez entender o quanto ainda tínhamos que protegê-la.
No quinto, Luiza começou a abrir os olhinhos po