Estela
Quando o Guilherme faz aquelas coisas e começa a tratar a Maria Júlia daquela forma, eu me senti tão mal. Acho que, na verdade, eu ainda o amava.
Quando estávamos à mesa de jantar e ele disse aquilo, eu tentei mudar de assunto. Percebi que a Maria Júlia estava desconfortável. Queria que ele parasse, que não desse em cima dela na minha frente. Mas... quem sou eu pra ele? Apenas a irmã mais nova do seu amigo. Nunca serei mais do que isso.
A Maria Júlia se levantou, e eu ainda tentei conversar com ele, mas logo segui até a cozinha, onde pedi à Marta que preparasse um chá. Queria uma desculpa para me aproximar daquela menina. Eu vejo o olhar do meu irmão... o quanto ele está encantado por ela. E ela não fica atrás, os olhares são claros. Eles serão um casal tão lindo.
— Aqui, minha filha. Leva pra Maria Júlia. Sei que ela tá precisando. Disse Marta, me entregando a bandeja com o chá.
— Obrigada, Marta. Vou levar sim, sorri, pegando a bandeja.
Caminhei até o quarto da Maria Júlia e