Sangue e Vingança
A porta do galpão bateu contra a parede com um estrondo, ecoando no espaço escuro e úmido. O cheiro de ferrugem e pólvora impregnou minhas narinas, mas nada disso importava. Minha visão se estreitou assim que meus olhos encontraram Helena.
Ela estava amarrada a uma cadeira no centro do galpão, o rosto pálido, os olhos arregalados de medo. Salvatore estava atrás dela, um sorriso perverso estampado no rosto, segurando um canivete rente ao pescoço dela.
— Ora, ora, Felipe...Ele debochou, apertando mais a lâmina contra a pele dela fazendo um filete de sangue correr.
— Achei que fosse demorar mais. Debocha.
Meu coração batia tão forte que parecia querer explodir do peito. Minhas mãos tremiam de ódio.
— Solta ela agora, seu desgraçado! Minha voz saiu rouca, carregada de fúria contida.
Vicenzo estava ao meu lado, a arma firme nas mãos, seus olhos queimando de ódio.
— Você já perdeu, Salvatore. Acabou.
Mas ele apenas riu, um som baixo e frio.
— Perdi? Eu diria qu