Luara
Meus olhos se arregalaram em puro terror ao testemunhar a cena brutal. Dimitri, num reflexo instintivo de proteção, ergueu-se com a faca cravada em seu corpo e com uma velocidade sobrenatural, me envolveu em um abraço desesperado. Senti o impacto seco e repetido das lâminas em suas costas, cada golpe enviando ondas de choque através de mim.
— DIMITRI! — meu grito ecoou pela cozinha, carregado de pânico e incredulidade. Dezenas de facas pareciam surgir do nada, cravejando o corpo de Dimitri como se ele fosse um escudo humano.
*Eros, socorro!* — Clamei em pensamento, a conexão telepática com meu companheiro, momentaneamente livre da barreira do colar, sendo minha única esperança.
Dimitri permanecia imóvel, seus braços firmes ao meu redor, absorvendo a fúria daquele ataque implacável. A visão era horrível, inexplicável. De onde vinham tantas facas?
Num borrão de velocidade, Eros surgiu na cozinha, seus olhos faiscando de fúria ao contemplar o caos. Com um movimento rápido das