Conde Eros
Escuto alguém me chamar e era Fiona, sua figura etérea brilhando suavemente.
— O que está fazendo, conde? — pergunta ela, sua voz carregada de uma serenidade melancólica, quase um lamento.
— Minha eternidade não faz mais sentido sem ela — respondo, meus olhos fixos no corpo inerte de Lua, a dor me consumindo em ondas geladas e implacáveis.
— Você sabia que isso iria acontecer — afirma Fiona, sua voz suave, mas inegável, como o sussurro do destino.
— Mas isso não quer dizer que aceitaria — retruco, a amargura tingindo minhas palavras, um gosto ferroso na boca.
— Está disposto a morrer por ela? — questiona Fiona, seu olhar penetrante, buscando a verdade em minha alma.
— Já estou morto, sem ela minha eternidade não faz sentido. A escuridão sem Luara é uma morte pior que a aniquilação pelo sol. — A confissão escorre de mim, crua e verdadeira.
— Estava esperando por essa declaração há muitos séculos — revela Fiona, um leve sorriso dançando em seus lábios.
— Está falando de quê?