Luara
Os dias se arrastavam desde o fatídico atentado, cada dia uma batalha silenciosa contra o medo persistente que se recusava a ir embora. Eros se mantinha como uma sombra protetora ao meu lado na cama, seu olhar era uma vigilância constante, como se a cada piscar pudesse perder algo. Minha gravidez avançava, e agora com cinco semanas que na minha nova e peculiar contagem equivale a cinco meses, a reta final parecia se aproximar. A expectativa de que Katherine e Nicolai chegassem ao mundo em cerca de quatro semanas preenchia meus pensamentos. Minha barriga estava surpreendentemente grande, um testemunho silencioso e assombroso do crescimento acelerado dos meus pequenos vampiros. Para minha própria surpresa, e um alívio imenso, minha dieta consistia em comida normal, sem qualquer desejo por sangue. Rezava, com cada fibra do meu ser, para que meus filhos estivessem bem, nutridos de alguma forma mágica dentro de mim, sem a necessidade daquele sustento sanguíneo que tanto me perturbava