Conde Eros
A escassez de sangue no banco do castelo era uma ameaça iminente, no entanto, a prioridade máxima era uma só: Luara.
Kevin retornou rapidamente, o semblante carregado, com um punhado de bolsas que representavam o que restou dos nossos suprimentos. Entreguei um a Lua, observando com uma apreensão que me apertava o peito. Ela o segurou com mãos trêmulas, seus olhos fixos no líquido escarlate, uma mistura de fascínio e repulsa. Era um desafio monumental para qualquer vampiro recém-transformado, mas para Lua, com sua natureza lupina recém-despertada, a intensidade da sede era amplificada a níveis quase insuportáveis; talvez ela se alimente de comida também, ainda iremos descobrir.
— Devagar, meu amor. Apenas o suficiente para acalmar a sede mais forte — instruí, minha voz suave, mas firme, enquanto ela rasgava a bolsa com as presas afiadas, um som que ecoava a brutalidade da sua nova realidade.
Lua obedeceu, tomando pequenos goles, seus olhos fechados em um misto de alívio