Luara O sono me evitou durante boa parte do voo, a tristeza era um nó constante na garganta, e as lágrimas teimavam em rolar. Assim que o avião tocou o solo romeno, Lívia saltou da cadeira, impaciente. — Vamos, mãe. — Calma, filha. — Já é noite, pode ser perigoso. — Não se preocupe, estaremos com dois vampiros, eles nos acompanharão até a brigada. — Que irado! Lívia, a fã número um de vampiros, estava prestes a ter um colapso de emoção ao ver um de perto. Convivemos com a existência de vampiros há séculos, era um fato conhecido, mas raramente víamos algum no Brasil. Os poucos que cruzavam nosso país estavam apenas de passagem. — Olha mãe, um vampiro. Ali tem outro. A verdade é que o aeroporto fervilhava de vampiros, circulando entre nós com uma naturalidade surpreendente. Afinal, a Romênia era o lar deles, nós éramos as novidades, as atrações. — Para de apontar Lívia, eles podem não gostar — minha mãe a repreendeu. — Eles são demais! — São sanguessugas, podem conviver bem
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