Luara
A noite mal tinha engolido o último raio de sol quando deixamos a segurança da nossa casa. Lá fora, o burburinho peculiar do mundo vampírico já fervilhava. Alguns se apressavam para seus postos de trabalho, zelando pela nossa segurança nos portões da cidade. Outros, com a despreocupação da noite eterna, flutuavam em direção a Granada, o epicentro da vida noturna.
Adrian se despediu com um beijo rápido na minha testa assim que pisamos nos domínios do castelo, sumindo pelos corredores como um vulto apressado em direção aos seus deveres. Fiquei parada, observando sua silhueta desaparecer nas sombras ancestrais das paredes de pedra.
Naquele instante, a semente da dúvida, aquele diabinho teimoso que adora plantar discórdia na minha mente, começou a sussurrar veneno.
*Ele não seria nem doido de me trair*.
— Quem não seria doido de te trair? — A voz grave de Eros ecoou atrás de mim, fazendo meu coração dar um salto.
— Que susto Eros! — exclamei, levando a mão ao peito.
— Estav