“Ela não é meu inimigo, mas é a única capaz de derrubar os muros que construí com sangue e vingança.” — Fernando Torrenegro
🖤
Naquela madrugada, a mansão parecia mais sufocante do que nunca. Caminhei pelos corredores em silêncio, como um predador sem alvo, mas a cada passo a sensação de estar sendo observado me corroía. Não por câmeras, não por homens armados — mas por ela. Luna.
Era como se seus sentidos invisíveis percorressem cada parede, alcançassem cada canto onde eu tentava me esconder. Podia quase sentir sua respiração me seguindo, mesmo sabendo que ela dormia no quarto ao lado. Ou talvez não dormisse. Talvez estivesse desperta, com aquela intuição maldita que não descansava.
Entrei no escritório e fechei a porta atrás de mim. A caixa ainda estava sobre a mesa, como uma ferida aberta. Eu não a havia destruído. Não consegui. Como poderia, se cada pedaço ali dentro era também a prova da minha razão de viver? O ódio precisava de alimento. A vingança exigia lembranças.
Passei os d