“Entre segredos e silêncios, descobri que o verdadeiro perigo não era o que Fernando escondia de mim… mas o que ele temia revelar a si mesmo.” — Luna Castilho
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O sono me fugiu naquela madrugada. Eu sabia que ele estava ali, ao meu lado, mas a respiração dele era inquieta, pesada, diferente das outras noites. Fernando não dormia em paz. E, de algum modo, eu sentia que a culpa era minha.
As palavras que trocamos ecoavam em minha mente como sinos graves:
“Não subestime o perigo de me conhecer.”
Que perigo?
O que havia de tão obscuro no homem que, ao mesmo tempo em que me envolvia em ternura rara, carregava um peso invisível que parecia sempre prestes a me esmagar?
Deitei a mão sobre o peito dele, tentando ouvir além das batidas firmes. A força estava ali, mas havia também uma guerra escondida. Uma guerra que não era só dele — porque já me arrastava junto.
Nos dias que seguiram, a sensação se intensificou. Fernando chegava tarde, saía cedo, sempre envolto em segredos. Mas, acima de tudo