"Minha maior guerra não é contra Castilho. É contra mim mesmo, por desejar o que não posso perder." — Fernando Torrenegro
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A casa estava em silêncio, mas eu sabia que não era paz. Era a calma que precede outra tempestade. Meus homens tinham limpado o sangue da noite anterior, mas o cheiro metálico ainda estava lá, preso no ar. Castilho tinha ousado atravessar minhas muralhas. Não era um ataque apenas ao meu território. Foi um aviso. E ele sabia o que estava fazendo: não atacou a mim. Atacou perto dela.
Luna.
A imagem do corpo frágil dela, sentado na cama, esperando por mim enquanto o caos explodia do lado de fora, não me saía da mente. Eu sempre soube viver com risco. Sempre. Mas pela primeira vez, o risco não recaía apenas sobre mim.
Eu deveria me concentrar no óbvio: fortalecer a segurança, preparar meu contra-ataque, cortar pela raiz qualquer deslealdade entre os meus. E eu fiz isso. Chamei Mateo, ordenei que reforçasse as rotas de fuga, dobrei a vigilância nas entradas e mandei