CRISTINA SANTIAGO
Chegamos ao quarto. Ethan preparou o banho de Dante na banheira portátil. Ver aquele homem enorme, que controlava impérios, testando a temperatura da água com o cotovelo e falando com voz de bebê sobre "patinhos de borracha" era uma visão que eu guardaria para sempre.
— Ele gosta da água — Ethan comentou, ensaboando a barriga do bebê com cuidado. — Acho que vai ser nadador.
— Ou apenas alguém que gosta de banhos quentes e luxuosos. — respondi, entregando a toalha felpuda.
Secamos Dante, colocamos um pijama quente de flanela e Ethan o ninou até que os olhos pesados do bebê se fechassem definitivamente.
Colocamos ele no berço, ligamos o ruído branco e a babá eletrônica. Saímos do quarto na ponta dos pés, deixando a porta entreaberta.
O quarto principal do chalé estava na penumbra, iluminado apenas pela lareira que alguém da equipe tinha acendido enquanto estávamos fora.
Senti o clima mudar instantaneamente.
Ali estava aquela tensão sexual que vinha se acu