CRISTINA SANTIAGO
Viajar com um recém-nascido, independentemente de você estar em um voo comercial apertado ou a bordo de um jato particular que custa mais do que o PIB de um pequeno país.
O Gulfstream da Petterson Construção, que Ethan insistia em chamar apenas de "o transporte", era o auge do luxo. Poltronas de couro creme que viravam camas, comissárias de bordo que pareciam modelos de passarela e um silêncio pressurizado que gritava dinheiro. Mas Dante não se importava com a marca do couro ou com o champanhe que Ethan bebia. Dante se importava com a pressão nos ouvidos e com o fato de que, aparentemente, a altitude estimulava seu intestino.
— Ele fez de novo? — Ethan perguntou, enquanto eu voltava do banheiro luxuoso do fundo do avião com um bebê limpo, mas irritado.
— Terceira vez desde que decolamos. — suspirei, sentando-me na poltrona à frente dele e ajeitando Dante no meu colo. — Acho que o seu filho quer marcar território no espaço aéreo.
— Ele é ambicioso. — Ethan s