CRISTINA SANTIAGO Aquela cena no bar parecia ter saído de um roteiro de novela mexicana. Eu, ali, pronta para perder a cabeça, quando Beatriz, minha própria irmã, mostrava suas garras diante de todos. E, então, como se fosse o herói inesperado de um filme, aquele homem surgiu e me protegeu. A raiva de Beatriz quase engasgava no ar, mas ela não teve coragem de peitar alguém que era dois palmos mais alto que seu amigo. Ainda assim, não perdeu a chance de despejar seu veneno. — Aproveita bem essa companhia, Cristina, porque depois do divórcio não vai sobrar nada pra você. Nem nome, nem casa, nem dignidade. Você vai continuar sendo uma vergonha para nossa família. — Essa aí é uma puta que traiu o marido na cara de todo mundo — Sua voz estava alta o suficiente para todo mundo ouvir. — E agora vem pra uma festa como essa, se fazendo de vítima, só pra tentar pescar outro homem ingênuo que caia na lábia dela. Meus olhos ardiam, mas ela não parou. Virou-se para o desconhecido ao
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