CRISTINA SANTIAGO
Desci os degraus de metal. A escada parecia descer por uma eternidade, até que finalmente chegamos a outra porta.
Miranda me empurrou para o lado, destrancou-a e me empurrou para dentro.
O espaço era vasto, escuro e frio. Uma garagem. Mas não uma garagem comum. Sob a pouca luz de emergência que vinha do teto, eu podia ver as silhuetas de mais de uma dúzia de carros, a maioria coberta por lonas.
— Bingo — sussurrou Miranda, parecendo quase extasiada. Ela me puxou em direção à silhueta de um carro esportivo baixo e vermelho, um Ferrari clássico. — Essa será a minha carruagem.
Ela estava a poucos passos do carro, me segurando com força, a arma pressionada dolorosamente nas minhas costas, quando uma voz interrompeu o silêncio da garagem.
— Solte-a, Miranda.
Luzes de lanternas táticas inundaram o espaço, vindo de todas as direções. Elas nos prenderam em um círculo de luz ofuscante.
Consegui ver as silhuetas de pelo menos seis homens. Miranda reagiu instantaneamente. Ela m