ETHAN PETTERSON
O tempo se estilhaçou.
No instante em que Miranda a empurrou, o mundo passou em câmera lenta. O rugido do motor do Ferrari, o grito de Rony, o som dos meus homens abrindo fogo, tudo ficou abafado, distante.
Meu universo inteiro se resumiu a ela.
Vi o momento em que sua cabeça bateu no chão de concreto. Ela não se mexeu.
— CRISTINA!
O grito rasgou minha garganta, um som animal de puro instinto. A dor na minha perna, a fumaça em meus pulmões, a explosão, nada importava. Corri em direção a ela, caindo de joelhos ao seu lado, o impacto enviando uma onda de dor aguda pela minha perna ferida, mas eu mal a senti.
Minhas mãos tremiam tanto que mal conseguiam funcionar.
— Cristina? Amor, fale comigo...
Virei-a gentilmente. Seus olhos estavam fechados. Seu rosto estava pálido. Havia uma mancha escura começando a se formar na parte de trás de sua cabeça, espalhando-se rapidamente pelo concreto cinza.
— Não... não, não, não... — Um medo devastador que eu nunca havia sentido, me ag