CRISTINA SANTIAGO
O corredor estava cheio de fumaça, mas era uma fumaça fina, mais irritante do que sufocante, provavelmente vinda do andar de baixo. O alarme de incêndio era um grito estridente e incessante que ecoava em meus ouvidos.
— Anda! — Miranda rosnou, me puxando pelo braço com uma força surpreendente. A arma prateada em sua outra mão estava apontada para a frente, varrendo o corredor enquanto nos movíamos.
— Para onde estamos indo?
— Para longe dele! — ela sibilou, os olhos selvagens. — Para longe do seu marido maluco e do meu irmão psicopata!
Ela não estava me levando em direção às escadas principais, de onde vinha a maior parte do barulho. Em vez disso, ela me puxou para uma ala mais estreita da casa, um corredor de serviço que eu não tinha visto. O ar aqui era mais limpo. Os tiros haviam cessado.
— O que você está fazendo? A saída é para o outro lado! — protestei, tentando puxar meu braço.
Ela se virou e pressionou a boca fria da arma contra a minha têmpora. Gelei instant