Enquanto o primeiro andar da casa nova surgia do chão mais rápido que milho na chuva, duas beatas da vila, de saia rodada, lenço na cabeça e terço na mão, cochichavam perto da cerca de arame farpado.
— Cê viu, Mariazinha? Uma semana só e esse povo já levantou o primeiro andar, parece até prédio da capital!— Vi sim, Neide! E o povo da cidade ainda diz que aqui não tem progresso... esses filho da Zuleika tudo metido a gente rica agora.— Pois é, e aquela moça de Nova York? Anda por aí com aquele salto no meio do barro, com cara de quem engoliu um limão.— Faz pose até pra colher flor, anda como se tivesse o rei na barriga. E ainda tem gente dizendo que é meiga... meiga nada, é metida mesmo!— Ah, mas foi sorte demais encontrar um fazendeiro besta que nem o Bento, né? Se fosse comigo já tinha levado um balde d’água gelada na fuça.— Eu preferia a Clemilda, uai. Aquela sim era da roça, sabida, valente,