O Caipira

O CaipiraPT

Romance
Última actualización: 2025-06-05
EscritoraDan_Venan  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Sendo traída por seu namorado Bradley Kingsley, um dos empresários mais sucedidos e ambiciosos de Nova York, seus pais não vêem outra alternativa senão mandar a filha mimada passar um tempo longe dos holofotes com a família Valença.   Charlotte Reed só não imaginava que a viagem dos sonhos não era para Hollywood, mas para uma fazenda no interior de Minas Gerais, onde mora a tradicional família Valença.  De salto agulha e mala de grife, ela chega ao que considera o “fim do mundo”, sem sinal de celular, com energia elétrica que vai e volta, e onde a palavra “glamour” é desconhecida. Dando adeus a vida de luxo, Charlotte se vê cada vez mais envolvida com o dia a dia rural…e com um dos filhos da família: um caipira bonito, másculo e sedutor. Ou pelo menos até ele abrir a boca e destruir todo o encanto com seu português enrolado e jeitão bruto demais para o gosto dela refinado.  E olha que ele nem faz seu tipo de homem!

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Capítulo 1

A patricinha de Nova York

OIE, essa é minha primeira história aqui no site, espero que vocês gostem. Trouxe um pouco de comédia romântica para alegrar seu dia! 💖

____x____

Já não bastava ter uma conexão com quatro horas de espera, um vôo super demorado, dando total de doze horas, doze benditas horas numa viagem super cansativa, a hemorróida doendo, a enxaqueca persistindo... certo, tirando tudo aquilo e o enorme chifre na cabeça causada pela traição do ex- namorado, Charlotte iria sobreviver.

Mas o pior de tudo era ter que comer no aeroporto, ela se limitou a água mineral sem gás e biscoito cream cracker de sal, ela quase chorou pois sempre foi acostumada demais com o luxo, mimada era seu sobrenome desde o berço. Mas seu pai garantiu que iria liberar todos os cartões de crédito, quando ela tomasse vergonha na cara e parasse de chorar por um marica que segundo Richard Reed, um homem capaz de trocar sua filhinha mimada por outra, ou melhor outro, nem se quer poderia ser chamado de homem, e claro que ela também teria que aprender a ser mais humilde.

Com esse pensamento, Charlotte revirou os olhos irritada, ela era humilde pois uma vez ajudou um cachorro atravessar a rua , ela só não tinha culpa do pulguento ter sido atropelado logo em seguida. Suspirando longamente e deixando esse pensamentos de lado, a jovem girou o mapa de cabeça para baixo, e girou outra vez olhando o verso.

— Não acredito que me perdi. — Bufou irritada, ao desligar o motor do carro no meio da estrada. O GPS com certeza mandou para o lugar errado. Ela observou o mapa em papel mais uma vez a sua frente e não entendeu em que maldito lugar estava que o GPS não funcionava.

E só então, lembrou do aeroporto de Guarulhos , deveria ter ficado por lá, fingir que estava na casa do amigo de seu pai e depois regressar para Nova York, Richard nunca iria saber já que aquele aeroporto parecia uma cidade de tão enorme, a fez se perder três vezes apenas dentro do banheiro feminino.

— Merda. Deveria ter ido conhecer o Egito, melhor aquele calor do inferno do que ficar perdida no meio do nada. — Quando um mungido se fez presente, Charlotte olhou para frente e viu várias vacas atravessando a rua, ela bufou irritada, pois só o que faltava, trânsito de animais!

Um rapaz usando um macacão surrado jeans e camisa xadrez e chapéu de palha com uma vara na mão, espantava as vacas.

Árvores, matos, estrada de terra e nada mais. Isso fez sua cabeça girar.

— Vai, vai. — Ele disse em seguida ver que o mesmo não a viu, então buzina forte, fazendo o homem assustar assim como as vacas que ficaram desorientadas.

O aeroporto de Beagá não era tão grande quanto ela imaginou, o problema foi arrumar um táxi para que deixasse ela no centro e de lá finalmente tirar seu carro da loja a qual havia ligado e comprado via telefone. Ela sempre sonhou em conhecer o Brasil, porém, nunca imaginou que fosse nessas circunstâncias.

— Eiii? — Charlotte gritou colocando a cabeça para fora da janela, esse movimento fez ela bater a testa no automóvel. As vacas correm em círculos e o homem tenta acalma-las, ainda ignorando-a que até então massageia a testa dolorida.

— Oh, oh, calma.— Quando finalmente ele consegue que todas atravessem em segurança, o desconhecido aproxima do carro com o rosto sujo de terra, fedendo a estrumo de vaca e apoia um dos braços no carro.

— Tá perdida, moça?— Ela olha para os dentes dele meio tortos e claro, não devia ver um dentistas desde o dia que nasceu.

— Estou procurando a casa do Anselmo Valença. — Ela sorriu sem graça vendo ele cospir uma gosma preta no chão antes de coçar a barriga e responder.

— Uai, por acaso ele é o fio de dona Maria da Conceição que era casada com turrino peideiro, irmão do açougueiro que morava perto da cidade, vizinho da dona zefa?

—Oi? — Ela ficou com cara de idiota, ainda olhando para ele. O mesmo olhou para a direção a frente e apontou.

— Oh, tá venu essa direção aqui, onde o vento faz a curva?— Charlotte assentiu olhando para frente.— Siga reto, mais na frente vire a curva pra lá.— apontou para a direita.— depois vire a curva pra cá.—apontou para a esquerda.— Siga reto mais uma vez e vai ver na frente um grande curral com uma praca com nome Fazenda Valença.

Charlotte não prestou muita atenção na informação não, olhava mais era a saliva preta que o homem cospia enquanto falava e as unhas sujas de terra apontadas na direção de Deus sabe lá onde.

— Ah, ok. Obrigada. — Ele sorriu mostrando seus dentes tortos outra vez.

— De nada moça. Océ é a da cidade grande é?

— Sim. Sou Novaiorquina. — Ele riu claramente sem entender onde ficava aquilo. Zeca era filho caçula de sete irmãos mais velhos, ele tirou sujeira da unha com a ponta de um canivete que tirou do bolso da roupa, ela engoliu em seco se benzendo.

Ela não conhece a pobreça, mas nunca pensou que em seus vinte e cinco anos de vida luxosa, iria estar no pior lugar do Brasil. Onde está as praias do Rio de Janeiro, samba e caipirinha?

Suspirando totalmente derrotada, a jovem pegou os óculos de sol e colocou no rosto, o objeto ficou torto em sua cara cansada, e a cara é de quem tinha sido sequestrada por alienígenas rurais. Ela iria chegar na tal fazenda apenas o pó, mas não chegaria sem estilo.

— Boa sorte, madame. — Ela liga o motor do carro e ele afasta do veículo, Charlotte não disse mais nada e pisou fundo querendo sair logo de toda terra e poeira, enquanto Zeca observa ela ir embora ele coça a bunda.

— Ihhh, acho que dei a direção errada.— Ele riu cheirando a mão que antes coçou a bunda e em seguida fez uma careta, claramente precisava de um banho.— A madame vai cai direto na lama.

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Bella
Estou amando a sua estória. O Bento é sarcástico, porém é muito humano ao mesmo tempo! Já a Charlotte é insuportável e mimada. Gosto como o Bento a coloca no devido lugar. Estou ansiosa para os próximos episódios, por favorzinho continue. você é a melhor escritora que encontrei na plataforma!
2025-06-06 13:42:36
0
7 chapters
A patricinha de Nova York
Família Valença
Onde eu vim parar?
Megera Descolorida
Ligação com a melhor amiga
Jubileu
Cavalinho
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