Zuleika agora usava óculos escuros dentro de casa, maquiagem digna de tapete vermelho e, claro, o bebê reborn no colo, vestido de gala.
— Shhh, Gaelzinho tá dormindo. — ela dizia, balançando o boneco com delicadeza exagerada.Anselmo, sentado na varanda com uma espiga de milho na mão, olhava a cena com os olhos semicerrados.— Mulher... cê sabe que esse trem nem respira, né?— Cala a boca, Anselmo! Cê num entende o que é maternidade artística! Agora que fui reconhecida nacionalmente, preciso manter minha imagem de mãezona!— Imagem? Cê tá é precisando de um chacoalhão de verdade. Isso aí é plástico, Zuleika! PLÁ-STI-CO!Zuleika, ofendida, se levantou com o reborn no colo, como se fosse entregar o Oscar, de melhor bebê reborn do ano!— Vou te processar por difamação. Você não respeita minha arte!Anselmo coçou a cabeça e murmurou.— A fama subiu pra cabeça, ma