Chorando rios de lágrimas, assuando o nariz pela quinquagésima vez, Charlotte fitava Savanna — que afiava um alicate de unha e Clara, que balançava a pequena Maria nos braços.
— Eu sabia que se apaixonar era difícil... mas sentir ciúmes de um homem daquele... — fungou Charlotte.— Eu, hein, mulher. — disse Savanna, impaciente. — Ciúmes daquele caipira? Não acredito!— E esse alicate aí? — Charlotte estranhou.Savanna levantou os olhos, com um brilho vingativo.— Vou adorar arrancar unha postiça por unha postiça daquela tal de Clemilda. Começando pelo mindinho.— Você me dá medo. — Charlotte fungou de novo, assustada.— Não fica assim. — disse Clara com doçura. — Bento gostou da Clemilda, sim… mas por você, Charlotte… ele tá caidinho. Dá pra ver a quilômetros de distância.— Gostando de mim e beijando aquela patricinha de quinta? Sei… difícil acreditar. Aliás, eu nem queria