A igrejinha da cidadezinha de barro está enfeitada com fitas roxas, flores de plástico e balões lilás da loja de 1,99.
O padre suando com o calor. Zuleika se abanando com um leque de palha. Anselmo quase infartando de desgosto. Afonso tinha a espingarda… escondida sob o banco ("por precaução, né").
Tales, no altar, parecia que ia desmaiar a qualquer momento.
Ritinha chegou linda e grávida, emocionada, com um véu que cobria meia barriga e meia cara. A marcha nupcial foi tocada num teclado desafinado por Zeca, que só sabia tocar em dó.
O padre fez seu discurso, gaguejando entre os nomes da roça.
— Tales Valença Cícero da Silva... aceita como legítima esposa a Ritinha da Luz do Cajueiro...
— Aceito. — disse com voz de choro.
— E você, Ritinha...?
— Aceito, meu queijo azedo!
Savanna chorava emocionada.
— Meu deus, eu amo o amor... — sussurrava enquanto filmava com o celular.
Logo veio o momento do buquê. Ritinha virou de costas, jogou o buquê com força e esperança…
Charlotte, de braços cr