Fazia uma semana que Clara evitava Noah desde a noite em que haviam se amado. Dissera a ele, com firmeza, que seria apenas aquilo — uma noite. Nada mais. Mas a verdade é que, toda vez que sua mente traía a lógica e resgatava o toque dele, o calor da pele, o peso do corpo sobre o seu, seu próprio corpo reagia como se pegasse fogo. E ela odiava essa fragilidade.
O alívio veio como um respiro forçado quando Sonia, sua nova assistente, bateu à porta do consultório.
— O cliente das dez já está na recepção.
Clara assentiu, calçou as luvas com a precisão de quem precisava de controle — pelo menos sobre algo — e saiu. Ao ver o filhote de pastor alemão, seu coração amoleceu. O pequeno já exibia um porte robusto, a expressão alerta. Seria um cão imponente. Além de fiel companheiro, teria funções importantes: proteger a fazenda, ajudar no pastoreio e até manter pragas afastadas. Um guerreiro em miniatura.
Após a consulta, Clara sentou-se no deck da clínica. Diante dela, uma égua prenha