O silêncio grita dentro do escritório de Jonathan.
O eco da última ligação ainda vibra em seus ouvidos, como se as palavras não quisessem deixá-lo em paz. Lentamente, ele coloca o telefone no gancho. Os dedos tremem, algo que raramente permite que alguém veja.
Mas agora não há ninguém ali, apenas ele… e os fantasmas que colecionou ao longo da vida.
Ele afasta a cadeira e se levanta, caminhando até a parede de vidro que dá vista para a cidade. A paisagem, tão viva, cheia de luzes, carros, pessoas que seguem suas rotinas, parece zombar dele. Como se o mundo não estivesse, ali dentro, desmoronando.
Apoia uma das mãos contra o vidro, aperta os olhos, respira fundo.
Porrah… quem é? Que malldição é essa que parece acompanhar cada passo seu?
Jonathan se questiona.
— Por que, Deus, por que…?
Cada vez que sente que a felicidade finalmente se aproxima, que pode segurá-la, ela escapa… arranca-se com a mesma violência de quem arranca as asas de um pássaro em pleno voo.
Aira foi arrancada da sua