A noite parece respirar junto com eles.
Dentro do quarto com luz baixa e paredes que testemunham mais do que qualquer confissão, o tempo não corre, ele paira. Como se o universo conspirasse para suspender cada segundo e mergulhá-los num instante eterno. Ali, entre lençóis brancos e desejos à flor da pele, Miguel sabe, ele está prestes a ter algo que ninguém jamais teve. E Mariana, mesmo sem dizer uma só palavra, sente que está prestes a dar mais do que o corpo. Está prestes a entregar uma parte da alma.
Ele a deita com delicadeza, como se fosse feita de porcelana rara. Beija-a com uma fome contida, com uma luxúria que se mistura ao carinho. Seu corpo cobre o dela com firmeza e reverência, como se a cada centímetro de pele tocada, ele sussurrasse uma promessa muda.
— Abra, ele pede, com a voz rouca, olhos fixos nas coxas dela.
Mariana cora, hesita por uma fração de segundo, mas cede. Abre as pernas lentamente, expondo-se com vulnerabilidade e poder ao mesmo tempo. Miguel a observa como