O silêncio quente da tarde é quebrado pelo ranger das tábuas da varanda, quando Ravi surge do interior da casa, resmungando entre dentes, como um animal ferido. Todos os olhares se voltam para ele de imediato, enquanto Jonathan inclina o corpo para frente, Miguel aperta os olhos, e Eduardo, silencioso, algo raro, acompanha o movimento, atento.
Heitor, no canto, permanece calado, observando como quem estuda cada respiração, cada gesto, como se soubesse que algo maior está prestes a acontecer, algo que ninguém ali será capaz de controlar quando explodir.
— Droga... isso não está andando — grunhe Ravi, passando a mão nervosamente pelo cabelo bagunçado, a mandíbula tensa, os olhos sombrios.
— Calma — diz Jonathan, em tom firme, tentando conter a impaciência do amigo.
— Vamos pensar. Temos que traçar alguma linha. Quem, afinal, poderia ter levado Jeff?
Aquela pergunta paira no ar, pesada, como um trovão prestes a se romper. Um silêncio denso se instala, enquanto todos começam a repassar