O silêncio do quarto é denso, carregado de algo que Eduardo nunca sentiu antes, nem mesmo nas situações mais extremas que já viveu. A luz baixa dança pelas paredes, mas é o corpo de Darlene, ainda colado ao dele, que ocupa todos os seus sentidos. O cheiro da pele dela, o gosto ainda em seus lábios, o peso do que fizeram… tudo isso pulsa nele como uma batida descompassada, feroz e inevitável.
Mas, ao invés de se afastar como sempre fez, Eduardo a envolve com o braço firme, puxando-a contra o peito. Sua mão percorre a cintura fina dela num carinho que carrega mais do que desejo, carrega intenção. Ele a olha com algo quase reverente, antes de sussurrar contra os seus cabelos:
— Quero viver isso direito com você… pelo menos por agora.
Darlene o encara com olhos calmos, confiantes, e não diz nada. Não precisa. O corpo dela responde antes da boca. Ela se aninha nele, mas o clima se transforma de novo com a mesma força que incendiou os dois antes. A necessidade fala mais alto. Os instintos g