O silêncio na sala pesa como chumbo. O ar parece denso, carregado de histórias mal contadas e segredos que, de repente, se recusam a ficar enterrados. O relógio da parede marca o tempo com um tique-taque irritante, quase cruel.
Rui Campos, advogado renomado em direito da família e amigo próximo, está sentado na poltrona à direita. Ele observa cada detalhe, cada respiração trêmula, cada olhar evitado. Sabe que aquele momento é frágil — qualquer palavra mal colocada pode acender um incêndio irreversível.
Vivian está sentada no sofá, ainda pálida, os olhos avermelhados. Tenta se recompor, mas as mãos tremem quando ajeita o copo de água no colo. Jonathan está de pé, imóvel, um bloco