A madrugada avança, mas o sono não vem. Jonathan observa Marta adormecida ao seu lado, os lençois envolvendo o seu corpo nu como uma promessa silenciosa de pertencimento. Ainda assim, algo dentro dele não se aquieta. Ele a tem ali, entregue, jurando que é sua. Mas até quando? Até que ponto aquelas palavras são reais e não apenas reflexo do calor do momento?
O peito dele sobe e desce em uma respiração pesada. Ele desliza os dedos pela pele macia dela, tentando se convencer de que finalmente venceu a batalha. Mas a guerra ainda não acabou. Marta mexe-se levemente, murmurando algo entre o sono. Jonathan estreita os olhos.
— Marta? — Ele toca seu rosto, a voz carregada de preocupação.
Ela se encolhe por um instante, um tremor quase imperceptível percorrendo seu corpo. Quando abre os olhos, há um vestígio de medo neles antes de piscar rapidamente e forçar um sorriso.
— O que foi? — A voz dela é suave, mas há algo contido nela, como se escondesse um pensamento sombrio.
Jonathan não responde