Jonathan desce as escadas com o corpo ainda quente do que acabou de tudo que aconteceu. Seus passos são lentos, mas a mente trabalha rápido. Atrás dele, no quarto silencioso e cheio do aroma da noite passada, Marta está adormecida, nua em sua cama. A cena não lhe sai da cabeça, o seu corpo macio ainda moldado ao colchão, os cabelos espalhados no travesseiro, a pele marcada por seus dedos e dentes, e o cheiro dele misturado ao dela. Seus fluidos ainda escorrem lentamente entre as coxas dela, como uma lembrança silenciosa do que viveram. E isso o satisfaz de um jeito primitivo. Não apenas por possuí-la, mas por tocá-la na alma.
Na cozinha, ele organiza o café com dedicação quase cerimonial. Torradas douradas, frutas cortadas com precisão, café quente, suco fresco. Ele monta a bandeja como se cada item fosse um pedido silencioso de desculpas por seus impulsos, por sua frieza anterior. Ao subir, ouve o som suave de lençóis se mexendo. Marta está acordando.
Ela pisca devagar, ainda entre o