Capítulo Quarenta e Oito

Guilherme

As luzes da boate pulsavam como artérias vivas. Vermelho. Azul. Roxo. Uma dança constante de pecado e grana fácil.

Era sexta-feira e o inferno estava cheio. Do jeito que eu gostava.

Os camarotes lotados, os bares fervendo, os seguranças atentos. Mulheres belas demais para serem reais dançavam como se o mundo estivesse prestes a explodir. Homens poderosos gastavam como se o amanhã fosse só um eco distante.

E o dinheiro voltava a fluir como sangue fresco nas veias de um império que quase tinha sofrido um infarto.

As vendas estavam de volta. O produto circulava com força. Nenhuma interferência nos últimos cinco dias. JP e João, mesmo com os colhões murchos, haviam cumprido o papel e limpado a bagunça. Carlos e Vini reforçaram a segurança nas entradas, e o nome da boate voltava a ser sinônimo de poder — e não de falha.

Tudo parecia no lugar.

Exceto ela.

Fernanda.

No meio de todo esse luxo e segurança, tinha uma pedra solta. Pequena. Quase invisível. Mas que podia rachar o chão i
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