O sol despontava tímido no horizonte, espalhando um brilho suave pela propriedade. Clarice sentiu o peso da noite ainda suspenso no corpo, mas havia uma chama quieta acesa dentro dela — uma mistura de saudade e esperança que não a deixava descansar.
No celeiro, Leonardo já preparava os equipamentos, ajeitando os cabos com a precisão de quem conhece cada fio como uma extensão de si mesmo.
— Pronta para mais uma caçada? — perguntou ele, com um sorriso que queria esconder uma ansiedade.
— Sempre — respondeu Clarice, segurando firme o caderno da mãe. — Sinto que hoje vamos encontrar algo importante. Alguma parte que ainda está invisível, mas próxima.
Ana apareceu na porta, trazendo consigo o ar fresco da manhã e um olhar curioso.
— Vocês perceberam? — falou, quase num sussurro. — Parece que a música está nos guiando, não só os sons, mas também os silêncios entre eles. É como se estivéssemos descobrindo não só as notas, mas as histórias que elas carregam.
Leonardo assentiu, afinando as cor