As semanas se passaram.
A recuperação de Emma era lenta, mas cada pequeno avanço era celebrado como um milagre por Alexandre e Miguel.
Ela já conseguia caminhar com mais firmeza, falar com mais clareza.
Mas as lembranças ainda vinham como fragmentos dispersos, pedaços soltos de um quebra-cabeça que ela tentava montar.
Certa tarde, enquanto descansava no quarto iluminado pelo sol, Emma olhou para o homem sentado na poltrona ao lado de sua cama.
Ele lia um livro para ela, como fazia todos os dias.
O som da voz dele era tão reconfortante que seu coração apertou sem que ela soubesse explicar.
De repente, uma imagem atravessou sua mente:
Ela mesma, rindo, com um vestido branco leve, correndo pelas areias de uma praia, Alexandre atrás dela, sorrindo como se nada mais importasse no mundo.
Emma levou a mão à cabeça, assustada.
— Eu... eu vi... — sussurrou.
Alexandre imediatamente fechou o livro e segurou sua mão.
— O que você viu, meu amor?
Emma tentou organizar as pa