— Sua desgraçada! — Igor cambaleou, e antes que pudesse reagir, Stevan surgiu como um raio entre eles. Um soco direto no maxilar do pai, seco, cruel.
Igor caiu. O fogo agora consumia parte do teto. As estruturas começavam a ranger, ameaçando desabar.
— A saída! — Catarina apontou, tossindo.
Daniel ainda rastejava no chão, tentando alcançar a arma caída. Nossos olhos se cruzaram.
— Eu devia ter te matado naquele ferro-velho… — ele cuspiu.
— Pois é. — respondi. — Mas não conseguiu.
Logo então uma viga em chamas desabou atrás dele, selando seu caminho. A fumaça o engoliu.
— Vem! — Catarina me puxou.
Corremos. Stevan vinha logo atrás, apoiando a lateral do corpo, com sangue escorrendo de um corte no braço. O som de sirenes se aproximava ao longe. O calor era insuportável. Os pulmões queimavam.
— Rápido! — gritou Catarina, passando por uma abertura na lateral do galpão.
Quando saímos, o ar fresco da noite bateu como um soco. O céu estava vermelho, refletindo as chamas que engol