Mundo ficciónIniciar sesión“Era a minha primeira noite com o meu estranho marido. Ele era tão misterioso, elegante, e eu tremia de desejo. Eu nunca pensei que sentiria aquilo, ele era bem mais velho, e extremamente lindo, naturalmente sedutor” Essa história incrível aconteceu há muito tempo. Eu vou dividir com vocês! Eu fui prometida ao filho do sócio do meu pai. Eu cresci ouvindo essa história absurda, mas a mim, parecia normal, até o dia em que eu fiz dezesseis anos e o meu pai me chamou para lembrar que em dois anos eu me casaria com um estranho. Meu mundo caiu, eu passei a agir com rebeldia, fugindo da escola, frequentando festinhas proibidas, até que um mascarado surgiu na minha vida. Naquele baile de máscara, no estacionamento, eu me entreguei para o homem mais sedutor que eu já tinha visto. Eu tinha bebido muito e mal lembraria da sua voz no dia seguinte. O homem sumiu do baile e eu fui arrastada para a minha sorte. O meu pai me retirou de lá com os seus seguranças, como se eu fosse um animal fugitivo. Nessa noite terrível, caindo de tão bêbada, eu fui comunicada que não me casaria mais com o filho que morava fora do Brasil, mas com o pai, que ficara viúvo recentemente. Eu chorei horrores, eu vi esse homem, quando era ainda bem pequena! Uma surpresa me reservava no altar. Ele não era velho, nem feio, ele era um príncipe. Eu quase desmaiei na porta da igreja. Eu pisei fundo e fui, mesmo sabendo que podia estar grávida do misterioso mascarado.
Leer másMagno acompanhou com o olhar os passos de Martina, que subia as escadas enfurecida, depois voltou-se para Duda. Ela desmanchou a expressão de satisfação imediatamente e voltou a comer com os olhos presos no prato. Magno ficou curioso. — İsso a satisfaz, minha esposa? — tinha uma ponta de ironia na voz dele. Duda assentiu, sem erguer os olhos. Diante dessa reação, Magno indagou: — Vai parar de fugir à noite? Ela exitou por um instante, depois respondeu: — Perfeitamente. Magno sorriu satisfeito. — Assim está melhor — ele disse. Ouviu-se um suspiro em coro das criadas, o que causou espanto no patrão, até então sério. As duas se surpreenderam e se retiraram imediatamente. Ele sorriu no canto dos lábios. Duda o examinou de rabo de olho. Ele suspirou satisfeito, sentia-se leve. — Vamos comer, tenho alguns clientes para visitar. — Eu quero ir com você!— Duda disse de repente. — O quê! — Quero ir com você!— ela insistiu.
Duda acordou sentindo um clarão que impedia seus olhos de se abrir. Magno estava em pé na sua frente e parecia bem alterado. — Vamos, levante-se!— ele disse puxando o lençol. — Está muito claro, não consigo abrir os olhos!— Duda se queixou. Magno andou até a porta da sacada, falando sem parar. — Eu abri as cortinas propositadamente. O que esperava depois do que aprontou ontem? As cortinas ficaram parcialmente fechadas, o que possibilitou a Duda abrir os olhos, mas a cabeça doía muito. Ela levantou-se rapidamente e correu para vomitar no lavabo. Magno foi atrás, desabafando sua indignação. — Acha que pode continuar saindo à noite, escondido, como fazia antes? Agora é minha esposa, e eu não quero ter que ir buscá-la novamente como fiz ontem! Um vexame! Ainda tive que colocá-la para dormir e trocar suas roupas! Nesse momento, mesmo inclinada com os olhos vermelhos, lacrimejando, por causa dos vômitos, Duda se deu conta de que Magno viu o seu corpo, ainda que num estado
O coração de Duda disparou e ela se encolheu, segurando a alça do vestido com o qual pretendia atacar de mulher fatal. Magno ficou parado de repente, imaginando que Duda estivesse já dormindo, e ela esperou por isso mesmo. Ele suspirou desanimado e fez a volta no corredor, caminhou alguns passos até entrar num dos quartos de hóspede. Martina ficou desesperada, vestiu um roupão e saiu do quarto apressada. — Magno!— ela chamou batendo a porta do quarto do casal. Duda já estava quase pronta e se surpreendeu. — Droga!— ela desabafou impaciente, mas ficou em silêncio. Martina insistiu um pouco, depois seguiu de volta para o seu quarto. Magno saiu ao ouvir seu nome ser chamado várias vezes. — Martina, ficou louca? O que foi fazer no meu quarto?— ele repreendeu a outra. Depois disso, ele foi até ela e puxou-a de volta para o quarto. — Dorme aqui então, Magno! Estou no Brasil ainda porque te amo! Magno suspirou venc
Duda entrou no quarto soltando fogo pelas narinas. Andava de um lado para o outro resmungando sua indignação. — Ele vai me pagar, me aguarde senhor Spinelli Savóia! Hoje o senhor vai saber com quem se casou de fato! Ela foi até o closet, afastou um sobretudo no canto e embaixo dele estava uma sacola, contendo seu traje de guerra. — Vamos arrasar de mulher fatal hoje!— ela disse acariciando a embalagem. Nesse momento, ouviu um ruído na porta, e afastou-se rapidamente. — Está mais calma?— era Magno. Duda ofegou por um instante e saiu dali em passos largos. Magno foi atrás. — Pode se trocar, não quero atrapalhar. Duda virou-se, ia responder, porque por um momento achou que ele sabia do seu plano, mas logo caiu em si, ele não tinha como saber. — Não quero deixá-la constrangida — ele falou naturalmente, se voltando para a porta. Duda o acompanhou aborrecida. — Boa noite, senhor Spinelli Savóia! — ela disse debochada, parada segurando
Antônia ficou toda sem jeito. — Pensei que gostasse mais dessa sua nova criada do que de mim. Duda riu achando graça. — Encenação querida, estou mantida como prisioneira, não percebeu? Antônia arregalou os olhos surpresa e Duda puxou-lhe para conversar sentada à beira da cama, em tom muito baixo, quase num sussurro. — Vou dar uma lição no Magno hoje a noite, precisava lhe contar. Vou fugir e baixar no mesmo lugar onde ele me conheceu. Antônia soltou o ar pela boca impaciente. — E você acha que vou compactuar com essa loucura? — Não só acho, como também preciso que me ajude a escolher um look bem provocante. Duda levantou-se e foi na direção do closet. Antônia foi atrás resmungando. — A sua mãe lhe proibiu de levar essas roupas de mulher fatal. Duda voltou sorrindo. — Roupa de mulher fatal?! Antônia deu de ombros, aborrecida. — Foi a sua mãe quem falou! Depois de analisar por um instante os armários abertos
Aquilo era o cúmulo para Duda. Ela se sentia prisioneira. — Não posso ir nem mesmo à minha mãe? Edina era a mais baixinha e gordinha, também a mais agitada. Ela olhou para Susana. Essa era mais magra, alta e sisuda. — Não olhe para mim, Edina. Você ouviu bem o que o patrão falou:” se tirar os de cima da patroa, as duas estão no olho da rua!” É isso que você quer, criatura? Duda ficou chocada. Edina sentiu-se penalizada e falou com sua voz doce: — Mas eu posso acompanhá-la até lá, senhora. — Edina!— Susana repreendeu a colega. — Ele não falou que ela deveria ficar presa aqui, impedida de sair. Duda acompanhou com o olhar a discussão das criadas, esperando para saber qual seria o seu destino. — Vamos patroinha, se arrume! Vamos a casa dos seus pais. Duda levantou-se animada. Depois que ela subiu as escadas pisando forte, Susana se aproximou da colega, com o olhar intimidador. — Você tem certeza do que está fazendo? Edina deu de





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