— Porque você é um! — ela rebateu, a voz finalmente ganhando força. — Eu vi o que fez com ele! Com seu próprio filho! Se ele está vivo, não é graças a você.
— Cala a boca! — ele berrou, e eu instintivamente me coloquei entre os dois.
— Nem ouse levantar a voz pra ela. — falei com os dentes cerrados, a mão próxima ao coldre improvisado onde eu guardava a arma. — Se você encostar um dedo nela, eu juro que acabo com você aqui mesmo.
Igor, até então observando a cena com uma expressão entediada, deu um passo à frente.
— Chega. Todos vocês estão agindo como crianças. — ele olhou para mim. — Tristan. O documento.
— Eu já disse que só entrego com garantias.
— Você acha que está no controle? — Igor respondeu, começando a perder a paciência.
Foi então que Daniel percebeu a arma sob meu casaco. Ele sorriu com escárnio.
— Ah… então você veio preparado. — ele cuspiu no chão e avançou um passo. — Vai me matar agora, é isso? Vai terminar o trabalho que eu comecei?
— Se você me der motiv