📍 Dia 5 – 13h17 | Estúdio do Reality Show
— “Só pra confirmar, vocês já cozinharam juntos antes?” A produtora ajeitava o microfone de Beatriz, mas a pergunta já vinha com gosto de deboche. — “Já. Ele fritou meu juízo e eu cozinhei minha paciência.” — “Então o desafio vai ser fácil.” O silêncio cortante da produção deixou claro que o fogo da cozinha era só um detalhe. O fogo real estava entre os dois. — 13h24 — Ingredientes na bancada. Ego no modo turbo. Beatriz usava um avental rosa escrito: “Rainha da Culinária (e da Última Palavra)”. Caio, claro, usava preto. Sóbrio. Sem frase, mas com uma tatuagem no antebraço dizendo “liberdade” em grego. Ironia? Provavelmente. Ele era o homem que dormia com o perigo… e acordava com resquícios de sarcasmo nos olhos. Ela picava cebola como quem descontava a raiva de um date ruim. Ele lavava legumes com a paciência de quem já advogou pra assassinos confessos. — “Você nem sabe cozinhar, né?” — ela provocou, cortando pimentões como se fossem egos frágeis. — “Só pratos difíceis: egos inflados, sarcasmo e… mulheres impossíveis.” — “Cuidado. Eu mordo.” — “Promessa ou ameaça?” — “Prefere descobrir com ou sem câmera?” A tensão dava pra cortar com faca de manteiga… ou com o olhar dos dois. — 13h42 — Primeiro acidente: Caio corta o dedo. — “Você se cortou?” — “É. Mas tô acostumado. Machucado por mulheres intensas desde 2008.” — “Drama. Só faltou chorar ouvindo Adele.” — “Se você encostar essa boca em mim agora, talvez eu esqueça a dor.” Ela limpou o sangue dele com um pano. Devagar. Mantendo o olhar. Segurando firme. Ali não tinha dor. Só desejo disfarçado. — “A gente tá atuando bem demais, Caio.” — “E se eu não tiver atuando?” — 14h03 — A explosão O arroz queimou. O molho azedou. Mas o beijo? Explodiu. Ela puxou, ele segurou. A bancada virou cenário de uma química tão imprópria que a edição do programa teve que aplicar desfoque. Beatriz se afastou com os lábios vermelhos mais vivos que nunca. — “Isso foi…?” — “Mais do que atuação.” — “Ótimo. Porque eu quero mais. Mas só depois que a gente vencer esse desafio. Eu sou competitiva, não puta.” — “Dá pra ser os dois com excelência, viu?” — 14h40 — Resultado: Últimos colocados. Beatriz quase destruiu a colher de pau. Caio gargalhou como quem vê um argumento jurídico cair. — “Você não tá acostumada a perder.” — “Nem a gostar de um babaca de terno.” — “E agora?” — “Agora vou fingir que te odeio mais um pouco. Depois te agarro no banheiro.” — 15h17 — Banheiro do estúdio Beatriz prendeu o cabelo num coque malfeito e trancou a porta. Caio encostou nela como um veredito anunciado. A calcinha dela deslizou como evidência irrefutável. Ele a ergueu contra a pia. Beijos. Mordidas. Mãos impacientes. Gemidos abafados. Salto batendo no azulejo. — “Se alguém bater, diz que eu tô te torturando.” — “Mas você tá.” — “E você tá amando.” Ele a virou. Ela riu. — “Você é bom… até demais pra um advogado.” — “E você é deliciosa… até demais pra ser só uma distração.” — 🔥 O reality virou inferno com patrocínio. O público? Em êxtase. O casal? Em combustão. E o jogo… acaba de mudar.