O mar parecia Photoshop da natureza. Azul surreal. Verde impossível. Transparente de um jeito que dava pra ver até os peixinhos fofoqueiros nadando embaixo do barco.
O barco?
Branco, elegante, todo de madeira de teca, com almofadas bege, velas náuticas abertas e uma bandeja com frutas, champanhe (sem álcool pra ela, claro) e panquecas que ninguém ia comer. Porque fome, naquele momento, era outra.
Beatriz estava sentada na parte da proa, vestindo um biquíni branco rendado — aquele modelo que valorizava a bunda, os seios mais fartos da gravidez, a cintura que agora emoldurava perfeitamente a barriga de seis meses.
Por cima, uma saída de praia leve, transparente, com detalhes em dourado. O cabelo solto, fazendo ondas mais perfeitas que as do mar. E o rosto? Iluminado. De sol. De tesão. De amor não declarado, mas estampado em cada olhar.
— “Tá me olhando por quê?” — ela perguntou, sem desviar os olhos do horizonte.
Caio estava atrás dela, sem camisa, short branco, tatuagens expostas, o ca