📍 Dia 6 – 20h17 | Bar rooftop em Los Angeles – Cenário “casual” do reality
— “Promete que não vai ser grosso?” — “Promete que seus amigos não vão me tratar como uma DST emocional?” Beatriz revirou os olhos, mas ajeitou o batom vermelho no reflexo da taça. Eles estavam no rooftop mais descolado de L.A., com luzinhas penduradas, drinks com nomes esquisitos e uma câmera a cada metro. Do lado de fora, os convidados aguardavam: • Rafa, amiga de infância e sócia da Bia. Consultora de imagem com mestrado em julgar homens antes da sobremesa. • Pedro, gay sarcástico, designer de interiores, que acha “casamento” um conceito cômico. • Marcela, ex-colega de faculdade e influencer de nicho, obcecada por engajamento e capaz de chorar por um like perdido. E do lado do Caio: • Lucas, o melhor amigo recém-divorciado que o arrastou pra Vegas com a frase “vamos esquecer tudo”. • Julianna, loira, linda, advogada, e apaixonada por Caio desde 2009. Um arquivo vivo de suspiros não correspondidos. • Breno, sócio do escritório, frio, prático e o tipo que pergunta “e o ROI desse relacionamento?” no meio do date. — 20h26 – Primeira Rodada de Shots — “Aí vem ele,” sussurrou Rafa, cruzando os braços como se fosse uma banca examinadora da OAB. Caio se aproximou com aquele andar de quem sabia que ia ser julgado. — “Boa noite, senhores juízes,” ele disse, com um sorriso irônico. — “Boa noite, Réu,” respondeu Pedro, sem nem levantar da cadeira. Beatriz fechou os olhos. A noite ia ser longa. — “Você é bonito demais pra ser confiável,” disse Marcela. — “E você é intensa demais pra ser só influencer,” devolveu ele, com uma piscadinha. — “Isso vai engajar,” ela murmurou, já abrindo o app de stories. — 20h41 – Tensão crescente Lucas e Julianna chegaram. A loira grudou no braço de Caio como se ele fosse herança em testamento. Beatriz notou. E não gostou. — “Oi, Ju. Veio ver o reality ou fazer teste pra vilã da próxima temporada?” — “Só vim ver se o Caio tá sendo bem tratado.” — “Acredite, ele tá sendo tratado melhor do que merece.” Pedro deu um gole no drink, gargalhou e comentou: — “Eu pago um rim pra ver essas duas resolverem isso numa luta de gelatina.” — 21h07 – Conversas paralelas, tretas disfarçadas Rafa puxou Caio pro canto: — “Você gosta mesmo dela?” — “Gosto mais do que tô pronto pra admitir.” — “Bom. Porque se você ferrar com a Bia, eu te destruo com styling e sarcasmo. E eu sou melhor que o karma.” Enquanto isso, Beatriz ouvia Lucas: — “O Caio nunca olhou pra ninguém assim. Nem pra ele mesmo.” — “Ele olhava pra mim como se eu fosse um desafio. Agora… parece que ele esqueceu o jogo.” — “Porque você virou o prêmio.” — 21h43 – A dança A produção aumentou o som. Todos na pista. Caio estendeu a mão pra Beatriz. — “Uma dança?” — “Se você não pisar no meu pé como pisou no meu ego ontem, talvez.” Ela aceitou. E dançaram. Não como casal fake. Mas como um par que se procura sem saber se quer se encontrar. — 22h21 – Fim da gravação. Mas não da noite. Julianna deu boa noite com um beijo demorado no rosto de Caio. Beatriz nem piscou. Só respondeu com um: — “Você sempre atrai gente que não sabe desistir?” — “Não. Só você.” Ele puxou-a pela cintura e sussurrou: — “Tô começando a achar que fui pra Vegas por sua causa.” — “E eu tô começando a achar que te odiar não vai ser suficiente pra me proteger de você.” O beijo veio de novo. Quente. Com gosto de tequila e confissão. — Enquanto a cidade piscava… Rafa tirava conclusões. Pedro fazia anotações mentais para o próximo brunch. Marcela preparava um carrossel de fofocas. E Julianna? Seguia observando, com os olhos de quem não desiste fácil. O jogo agora envolvia mais peças. E nenhum dos dois tava pronto pra largar o tabuleiro.